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Encontro Nacional conclui que trabalhador da saúde precisa ter representação política para alavancar propostas

Os trabalhos da manhã do dia 7 de agosto, segundo dia dos debates do 16º Encontro Estadual da Saúde e 3° Encontro Nacional da Saúde, contaram com Alysson Alves, assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Canindé Pegado, secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do diretor regional da Uni Global Union / Uni Américas, Benjamin Parton. Os três falaram e debateram com os dirigentes sindicais e trabalhadores da saúde sobre a participação dos trabalhadores nas esferas de decisão das políticas públicas da saúde brasileira.

O diretor regional da Uni Global Union / Uni Américas, Benjamin Parton abordou questões como a internacionalização dos serviços de saúde e a compra de empresas brasileiras da área por multinacionais, que avançam sobre o setor – isso ocorre, segundo ele, porque a saúde pública não consegue atender à demanda crescente da população, o alto custo que as novas tecnologias trazem além do surgimento de muitas doenças crônicas.

Cabe à Uni Global, segundo Benjamin, abrir espaço para ter fortes interlocutores na área da saúde. “Em muitos países os trabalhadores da saúde não têm nem sindicatos para se associarem.” A meta, de acordo com o sindicalista internacional, é aumentar o número de sindicalizados para que as entidades tenham mais forças para enfrentar esta internacionalização.

O secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Canindé Pegado, falou que o trabalhador precisa estar presente onde ocorre os processos decisórios do País e isto inclui o Congresso Nacional. No entanto, ele aponta que “o sistema representativo é falho e não atende o povo brasileiro”. Por isso, precisa ser alterado, passando a ser “participativo”, ou seja, com o povo participando.

Pegado citou que são 91 os representantes dos trabalhadores no Congresso contra 273 representantes do empresariado. “Vimos poucos parlamentares atuando na representação dos trabalhadores”, comenta, garantindo que o eleitor não influi nas decisões depois que o parlamentar é eleito. “A política do País não está ao alcance de todos.”

Diante disso, o secretário-geral da UGT destaca que na área de saúde há muito espaço para ser ocupado pelos trabalhadores e dirigentes. Canindé ressalta que o trabalhador nunca é chamado para opinar em questões envolvendo o setor, como ajuda a hospitais e orçamentos do governo. Da mesma forma, políticas públicas para o trabalhador da área não estão contemplados nos planos de governo dos três principais candidatos a presidente na eleição deste ano.

O assessor parlamentar do Diap, Alysson de Sá Alves, falou sobre o tripé que garante a democracia no País, formado pelos sindicatos, pela imprensa e pelos partidos. Ele apresentou um panorama de como é a relação de forças no Congresso Nacional, dominado por empresários e carente de parlamentares com vínculo sindical. “Nossa correlação de forças está três vezes menor”, diz, citando os 91 deputados que defendem a causa do trabalhador e os 273 ligados a empresários.

“O trabalhador nunca teve uma bancada para fazer contraponto, por isso não avançam as demandas do trabalhador”, fala Allysson. Números do Diap, apresentados no Encontro da Saúde mostram que entre os 70 deputados federais paulistas somente 12 são ligados ao movimento sindical. Sobre a representatividade das mulheres, ele foi além e disse que elas estão subrepresentadas, já que são apenas seis deputadas.

Para o assessor do Diap, a categoria da saúde precisa eleger uma bancada sindical própria, votando em candidatos que representam a categoria. Falou sobre a importância do crescimento da bancada sindicalista, citou a necessidade de construir políticas públicas e enumerou os desafios do sindicalismo e a necessidade de se lutar para manter as políticas públicas sociais.

À tarde, os debates giraram em torno de representatividade dos trabalhadores da saúde com a criação de uma nova confederação nacional que atenda às necessidades da categoria de todo o País. “Queremos uma confederação para somar esforços e não dividir”, diz o presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira. “Se quisermos ter representatividade, temos que buscar a união das federações”, completa Maria Nelcy Ribeiro da Costa, tesoureira da Federação da Saúde de Minas Gerais.

O secretário-geral da Federação da Saúde do Rio de Janeiro, Cláudio Nogueira Nunes, filiado à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS), também se dispõe a apoiar a criação de uma nova confederação, mas vai discutir com a CNTS. “Se não mudar de postura, uniremos às demais federações e fundaremos uma nova confederação que atenda aos objetivos da categoria.”

Para o assessor da Federação da Saúde de Santa Catarina, Lorival Pisetta, o apoio será irrestrito para a criação da nova confederação: “Passou da hora de os trabalhadores da saúde terem representatividade em nível nacional com lideranças que realmente defendam os direitos dos trabalhadores.”

E a discussão sobre a representatividade da categoria da saúde em nível nacional, com a criação de uma confederação, se estendeu até o final da tarde, recebendo o apoio de todos os participantes deste encontro, a exemplo de Leide Mengatti, diretora da Federação paulista da Saúde; João Carvalho Pereira, presidente do Sindicato da Saúde de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul.

Durante o debate ficou definido que paralelamente à tentativa de conciliação política com a atual confederação, os sindicalistas vão criar uma comissão para encaminhar a fundação da nova confederação. Essa coordenação pró-fundação da nova entidade vai ser formalizada na reunião desta sexta-feira (8/08), quando serão definidas as diretrizes do trabalho político.

“Não estamos buscando divisão. Estamos buscando o espaço que São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro não tem na Confederação”, justifica Edison Oliveira, que também está contando com apoio de sindicalistas de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Sobre a CNTS, o presidente da Federação Paulista da Saúde, sentencia: “Falta ação, falta participação, falta efetivação de uma confederação forte e representativa.”

Clique aqui e veja a galeria de fotos do 2º dia do encontro.

 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
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