Jaú   •  
   Página Inicial
   Associe-se
   Atendimentos
   Aniversariantes
   Acordos Coletivos
   Aviso Prévio
   Benefícios do Sócio
   Cantinho do Relax
   Recolhimento da Contribuição Sindical
   Convenções Coletivas
   Colônia e Clube
   Código de Ética
   Convênios
   Contribuições Online
   Cursos / Palestras
   Diretoria
   Eventos
   Espião Forceps
   Fale Conosco
   Galeria de Fotos
   História
   Homologação
   Links Úteis
   LEI: Auxiliar x Técnico
   Localize
   Notícias
   Seguro de Vida
   Sindicato Forte
   Lazer com desconto
   Telefones Úteis
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Opinião: No final das contas, o desemprego

A equivocada política econômica adotada pelo governo é um desastre para a sobrevivência das empresas e para manter os empregos.

Todos já perceberam que estamos vivendo um período de incertezas tanto na economia como na política. Para a classe trabalhadora, o pior dos mundos acontece na situação em que emprego e renda caem, e a inflação segue em alta. É justamente a esse cenário que estamos assistindo hoje no país.

As previsões, caso nada seja feito para alterar esse quadro adverso, levam a crer que o desemprego deve continuar crescendo, chegando à casa de dois dígitos.

É importante ressaltar que, apenas de janeiro a junho de 2015, segundo dados do Ministério do Trabalho, 345.417 trabalhadores já perderam o emprego, a maior parte deles trabalhadores da indústria. Vale destacar, ainda, que é justamente na indústria que são gerados empregos que exigem qualificação e que melhor remuneram.

O desemprego não é só um problema de estatística, mas de sofrimento físico e psicológico. Ele também é fator de aumento da desagregação familiar e da violência.

Não é de se estranhar que, ante uma economia desfavorável para os trabalhadores, e também para o setor produtivo, com um desempenho industrial exíguo, com o recuo da produção e a ameaça de um colapso, os empresários, ao perceberem que a situação não é transitória, tenham optado pelo caminho mais curto: demitir trabalhadores.

A equivocada política econômica adotada pelo governo, com juros em patamares proibitivos, inflação crescente, uma insuportável carga tributária, desindustrialização e a falta de uma política industrial voltada para o fortalecimento do setor, entre outras demandas, segue trazendo consequências desastrosas e preocupantes para a sobrevivência das empresas e para a manutenção dos empregos por elas gerados.

Avaliamos que o custo social e econômico do uso da taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 14,25%, no controle da inflação tem se revelado ineficiente e muito caro para o país. Infelizmente, os dados da economia são pouco animadores. A postura conservadora, por parte do governo, vem minando as esperanças de sua recuperação ainda para este ano. Esse rentismo, para o qual o governo federal se curva, suga os recursos do país.

Este cenário tenebroso, somado ao ajuste fiscal –sobre o qual, na forma proposta, nos posicionamos contrariamente–, leva-nos a refletir sob a perspectiva de que a recessão econômica será longa, mas que, de alguma forma, irá terminar.

Para isso, o protagonismo do movimento sindical, pautado na unidade de ação das centrais sindicais e nos setores produtivos, deverá ser o de apontar caminhos e amenizar, de forma lúcida e pragmática, este período de depressão econômica.

Temos agora de propor a retomada do caminho do desenvolvimento e do crescimento econômico. Para que a turbulência econômica e política pela qual o país atravessa tenha um fim, faz-se necessário que exista um diálogo entre o governo, o movimento sindical, empresários e trabalhadores.

As decisões visando o desenvolvimento do setor industrial e da classe trabalhadora têm de ser tomadas em consenso, de forma abrangente e eficaz.

Ao mesmo tempo em que temos como prioridades garantir os empregos –vale ressaltar que apoiamos o conceito do Programa de Proteção ao Emprego (PPE)– e lutar contra as constantes tentativas de retirada de direitos dos trabalhadores, acreditamos ser este o momento propício para ampliar a qualificação profissional.

Isso significa que queremos estabelecer uma política que tenha como objetivo o crescimento sustentado, o pleno emprego e uma distribuição mais justa da renda produzida pelo trabalho.

Fonte: Folha de S.Paulo - MIGUEL TORRES, 56, é presidente da Força Sindical

 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
Rua Sete de Setembro, 462 - CEP 17.201.-480 - Centro - Jaú - SP
Fone (14) 3622-4131 - E-mail: [email protected]