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Desospitalização: Familiares falam que há riscos para a sociedade


21/07/2016
 
FONTE: JORNAL CRUZEIRO DO SUL/SOROCABA
 
Familiares de pessoas internadas no Vera Cruz afirmam que a desospitalização pode colocar em risco os próprios pacientes e também a sociedade. Mãe de Leandro Neves da Silva, a dona de casa Luzia Pereira Neves conta que o filho já passou por diversas internações e em todas as vezes que recebeu alta agrediu familiares, inclusive ela, que perdeu vários dentes por conta de um murro. "Até quando eu vou no Vera Cruz a visita é supervisionada. Ele é muito agressivo", relata. Luzia conta que o filho, hoje com 25 anos, começou a apresentar sinais de esquizofrenia ainda na infância e que ele é resistente aos medicamentos.
 
Outro caso é o de Célia Nunes, mãe de um rapaz de 33 anos internado no Vera Cruz há dez. Ela conta que a esquizofrenia começou a dar sinais quando o jovem completou 20 anos e que por três anos ela conseguiu tratá-lo em casa, mas ele começou a rejeitar os remédios. "Ele já falou que se sair de lá vai matar todo mundo e depois se matar." Célia é mãe adotiva do rapaz e conta que logo que o filho foi diagnosticado com o distúrbio, ela foi orientada por psiquiatras a buscar o histórico familiar do paciente. "Descobri que o pai e a mãe dele eram pacientes do Teixeira Lima e que tinham a mesma agressividade."
 
O presidente da Associação de Amigos e Familiares de Doentes Mentais de Sorocaba e Região (AFDM), Douglas Parra, diz que a alta de pacientes como os citados pode culminar em novas tragédias, como a que tirou a vida do auxiliar de enfermagem Antonio Carlos de Matos. "As famílias não têm estrutura suficiente para receber esses pacientes."
 
Segundo Parra, a desospitalização é importante em alguns casos, mas os paciente crônicos, que são violentos, não têm condições de voltar ao convívio familiar ou a viver em uma Residência Terapêutica (RT).
 
O secretário de Saúde de Sorocaba, Francisco Antonio Fernandes, afirmou que a morte do técnico de enfermagem foi uma fatalidade e não pode tirar o direito de outros pacientes terem a liberdade de volta. "O ideal é trabalhar a alta dos pacientes por bastante tempo, porque temos casos de pessoas que nunca foram até uma praça, não conhecem praia, não sabem como é uma padaria. Por conta da pressa, muitos tiveram alta sem essa preparação e foram direto para uma RT", reconhece.
 
Segundo a coordenadora de Saúde Mental de Sorocaba, Mirsa Elisabeth Dellosi, todos os pacientes, até mesmo os crônicos, são capazes de viver em sociedade e isso acontece conforme o bom funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). "Cada pessoa é um mundo diferente e os profissionais precisam estar preparados para lidar com cada caso e nunca subestimar um paciente."
 
De acordo com Mirsa, não se pode associar as ações violentas e de criminalidade aos pacientes psiquiátricos, pois, afirma, não são todos os casos que apresentam agressividade.
 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
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