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Encontro recebe propostas para inserção de mulheres e jovens no sindicato e na política


04/10/2018

O auditório do Siemaco-SP, o sindicato dos trabalhadores em asseio e conservação, foi totalmente tomado por mais de 150 dirigentes, trabalhadoras e trabalhadores de várias categorias profissionais e convidados, durante mais um concorrido evento que a UGT São Paulo promoveu na segunda, 2 de outubro. Desta vez, foi para debater a inserção de mulheres e de jovens trabalhadores no cenário político e sindical.

O Encontro de Mulheres e Jovens da UGT-SP foi organizado por dirigentes secretárias da Central – Débora Ferreira Machado, de Organização, Kasmere Bezerra, da Mulher, e Daniela Gomes de Sousa da Juventude – com total apoio da Diretoria Gestora, presidida interinamente por Amauri Mortágua.  

Na parte da manhã, os participantes assistiram à palestra “Levante Popular da Juventude”. Liège Rocha, secretária nacional do PCdoB e da União Brasileira de Mulheres, militante desde a década de 1960 e que participou da luta contra a ditadura de 64, dividiu a mesa com a jovem Mariana Lemos, da UNE (União Nacional dos Estudantes) e do movimento Levante Popular.

À tarde, um trabalho em grupo com o tema “Ampliando a Participação do Jovem e da Mulher na Vida Sindical e Política do País”, foi tocado por Helen Silvestre, coordenadora técnica do Instituto de Altos Estudos da UGT Nacional com ajuda de Joice Ribeiro Pereira, assessora técnica da Secretaria da Mulher da UGT Nacional e Gustavo Pádua, secretário da Juventude da Central.

Levante popular

Liège Rocha disse, em sua palestra, que as mulheres eram educadas para estar no privado, e o homem, no público. “Mas, com o passar dos tempos, nós mulheres viemos a participar, cada vez mais, da sociedade. Hoje nós estudamos, estamos nas universidades, no mundo do trabalho. Mas eu acho que precisamos entender a força interna que temos para passarmos de coadjuvantes a protagonistas da nossa própria história. Nosso papel vai além. Estamos conquistando espaço na política, apesar de haver uma espécie de ‘sub-representação’ feminina que nos impede de exercer a democracia, mas não há limites para conquistarmos todas as esferas sociais. Nosso objetivo é construir um mundo de igualdade combatendo todo tipo de repressão”.

Segundo ela, os movimentos feministas mostraram para a sociedade a capacidade das mulheres ao mercado de trabalho, na vida sindical e na política. Mas a sub-representação ainda persiste nesses campos. Na sindical, por exemplo, graças à luta das mulheres dirigentes os sindicatos criaram primeiro seus departamentos femininos, “que foram transformados em guetos”, e depois, as secretarias da Mulher.

“Mas precisamos avançar e conquistar também os mais altos cargos nas entidades sindicais, como as presidências. Temos que avançar, derrubar barreiras. Temos que nos rebelar para conquistarmos esses espaços”, acrescentou Liège.

“Hoje, não basta ser apenas mulher, tem que participar. Temos filhos, mas a maternidade não faz a mulher recuar na luta. Não atrapalha em nada. Não somos mulheres subalternas, recatadas e do lar. Somos belas e revolucionárias”, finalizou.

Mariana Lemos, por sua vez, começou dizendo que muita gente morreu para que as pessoas pudessem andar livremente pelas ruas, ter liberdade para emitir opinião, discutir politica, praticar sindicalismo. E as mulheres estão envolvidas nessas lutas junto com os homens. "O que nos forja é a nossa história de luta”, acrescentou.

O projeto da elite, segundo Mariana, não é apenas acabar com os sindicatos, mas acabar com a unidade de todos os movimentos sindicais, sociais, com a luta por melhores condições de trabalho, de salários justos, de melhor qualidade de vida. “Portanto, é importante nos fortalecermos para vencer mais essa luta”.

Na política e na educação, diz a ativista, é preciso atrair o jovem para projetos de boas práticas. “Vamos potenciar isso e trazer as jovens mais para perto na luta contra o ódio, contra a democracia, e a tudo que a gente já conquistou ao longo da história. Especialmente em relação à educação, onde as meninas são maioria hoje nas universidades, obtendo conhecimento em favor das mulheres e da nação”.

“Temos que ter comprometimento com as pautas dos trabalhadores e das trabalhadoras, dos sindicatos, e temos que votar em candidatos comprometidos com a gente”, finalizou. .

Participação ampliada

O trabalho em grupo coordenado por Helen Silvestre, do Instituto de Altos Estudos da UGT Nacional, com apoio de Joice Pereira e Gustavo Pádua, ambos da Central, agitou os participantes do evento durante atarde toda. O pessoal foi divido em duas partes e uma delas deixou o recinto para melhor discutir o tema “Ampliando a Participação do Jovem e da Mulher na Vida Sindical e Política do País”. O resultado foi a apresentação de uma série de propostas para ampliar a participação dos jovens e das mulheres dentro de fora do movimento sindical, na política tradicional e em seus vários ramos.

Antes, Helen falou sobre cotas, educação e sobre iniciativas que ofereçam oportunidades para mulheres e jovens. “Inserção é uma coisa que temos de lutar para alicerçar uma base firme de democracia. Cotas se inserem no resgate da cidadania. Nós temos uma dívida histórica com os negros, com os índios. Numa sociedade de iguais, não precisa haver cota para nada. Como nós não somos uma sociedade de iguais, então é preciso oferecer essas oportunidades”, afirmou.

Para ela, sindicatos não oferecem tantos espaços receptivos para as mulheres e para os jovens. “A juventude enfrenta problemas no mundo do trabalho, e também fora dele. Muitos não trabalham, não estudam, estão desalentados. Jovens entram no mundo do trabalho de forma muito ruim, com salário 30% menor, isso é desestimulante. Nosso ensino médio está falido por um vício que vem desde o império, de formar apenas elite. Ensino técnico é a saída, como faz a Alemanha, que leva os jovens para as empresas, por isso o país tem uma das menores taxas de desemprego do mundo. Isso é acesso”.

Na dinâmica com os dois grupos, um foi para inserção de mulheres e jovens no mundo sindical e o outro, de inserção no mundo político. Os resultados foram expostos por um membro de cada grupo. Algumas das propostas:

- Inserção por meio de convenções coletivas da contratação de jovens e mulheres por meio de cotas.

- Criação de coletivo de mulheres na UGT-SP.

- Promover educação sindical para jovens e mulheres em comunidades para mostrar a importância do sindicato, o que eles fazem pelos trabalhadores e suas famílias.

- Trazer os filhos dos trabalhadores desde pequenos para dentro do sindicato, oferecendo cursos de da qualificação, palestras, prática de esportes. 

- Oferta de cursos para atrair as mulheres e os jovens e criação de espaço pedagógico para mães deixaram filhos enquanto participam; deixar o sindicato mais acolhedor, mais família.

- Criação de mecanismo de comunicação assertiva para levar o jovem para dentro do sindicato.

- Projeto para as diretorias sindicais serem mais acessíveis para jovens e mulheres.

Helen e Gustavo disseram que muitas das propostas não são novas, mas que elas acabam despertando interesse dentro e fora das entidades sindicais.

Segundo Helen, é preciso também ficar atento às pesquisas que mostram se os serviços e benefícios oferecidos estão agradando os trabalhadores, se eles valorizam isso. “Nas últimas pesquisas sobre as melhores empresas para se trabalhar, 46% responderam que o que mais valorizam são as oportunidades de crescimento profissional, muito mais que salários e benefícios. São questões que temos de entender, nos debruçar. Os sindicalistas têm de saber lidar com isso”.

 

Fonte: UGT

 
 
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