Jaú   •  
   Página Inicial
   Associe-se
   Atendimentos
   Aniversariantes
   Acordos Coletivos
   Aviso Prévio
   Benefícios do Sócio
   Cantinho do Relax
   Recolhimento da Contribuição Sindical
   Convenções Coletivas
   Colônia e Clube
   Código de Ética
   Convênios
   Contribuições Online
   Cursos / Palestras
   Diretoria
   Eventos
   Espião Forceps
   Fale Conosco
   Galeria de Fotos
   História
   Homologação
   Links Úteis
   LEI: Auxiliar x Técnico
   Localize
   Notícias
   Seguro de Vida
   Sindicato Forte
   Lazer com desconto
   Telefones Úteis
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Arroz de festa; opinião de Ricardo Patah


06/10/2020
 

Por essa ninguém esperava. Está faltando arroz em muitas mesas dos brasileiros por causa do preço. Virou arroz de festa, literalmente. Só come quem tem dinheiro. Até agora, seu significado popular, entre outros, era de “figurinha fácil”, que estava em todo lugar, especialmente na mesa dos mais pobres. 

O arroz sumiu, e com ele veio outra notícia desoladora: a fome atinge mais de dez milhões de pessoas. E vamos deixar bem claro: a fome é uma das mais graves situações pela qual o ser humano pode passar. Uma pesquisa mais aprofundada mostra que de 2008 a 2017, 63.712 pessoas morreram de fome, ou seja, 17 por dia, aqui no nosso país, um dos maiores produtores de alimentos do mundo.
 
Esse cenário é agravado por outro número alarmante: pela primeira vez na História do Brasil, somente 47,9% da força de trabalho, dos 82,5 milhões de trabalhadores, estão empregados.
 
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) entende que, diante das mais de nove milhões de demissões de trabalhadores, de abril a junho, é fundamental que seja feito o que for possível para que a economia volte a crescer e mais empregos sejam oferecidos.
 
Essa maneira de agir também precisa se adaptar ao chamado “novo normal”, expressão que procura contemplar inusitadas formas de comportamento, resultantes do isolamento social, que trouxe o trabalho em casa e a explosão do e-commerce, entre outras coisas. Somos, por circunstâncias do desenvolvimento mundial, uma nação digital. Esse futuro, para onde caminhávamos com a revolução 4.0, chegou em apenas seis meses de flagelo da Covid-19
 
O auxílio emergencial de R$ 600 está salvando a economia. Todo mundo — especialmente empresários e economistas — reconhece isso. Mas esse valor só foi adotado porque as centrais sindicais, os movimentos populares, a oposição e parte de políticos que apoiam o governo fizeram pressão e foram apoiados, na Câmara, pelo presidente Rodrigo Maia e, no Senado, pelo presidente Davi Alcolumbre.
 
Bolsonaro e Guedes (Economia) queriam dar somente R$ 200. Mais de 66 milhões de trabalhadores informais se aproveitaram do benefício de R$ 600, e a avaliação positiva do presidente, que era de 25%, subiu para 40%, podendo-se dizer que o governo “ganhou na loteria” sem querer.
 
Agora, a MP 1.000 baixou o auxílio emergencial para R$ 300. Já estamos com uma campanha na rua para voltar os R$ 600 e é fundamental que esse valor seja aprovado de novo. Caso contrário, teremos logo logo uma pandemia do desemprego e outra da fome, agravando, com consequências imprevisíveis, a pandemia da Covid-19, que não está merecendo do governo federal os cuidados que deveria.
 
Ricardo Patah é presidente da União Geral dos Trabalhadores
 
Fonte: O Globo
 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
Rua Sete de Setembro, 462 - CEP 17.201.-480 - Centro - Jaú - SP
Fone (14) 3622-4131 - E-mail: [email protected]