A análise das negociações coletivas de maio indicam a persistência do quadro observado em abril, ou seja, de maior frequência de reajustes abaixo da inflação em relação ao registrado nos meses anteriores.

 

Em maio, cerca de 20% dos 815 reajustes registrados no Mediador até 9 de junho ficaram abaixo da variação do INPC. O percentual é semelhante ao registrado no levantamento anterior, relativo à data-base abril. No entanto, com a inclusão de novos resultados para aquela data-base, o percentual recuou para 18,2%.

 

Desde outubro de 2023, o percentual de reajustes abaixo da inflação em uma data-base não ultrapassava 10%. A última vez em que se verificou percentual próximo a 20% foi em setembro de 2022.

 

Entre as categorias que enfrentaram maiores dificuldades para negociar a recomposição dos salários em maio destacam-se os trabalhadores em comunicações e também os de empresas de difusão cultural. Apesar disso, resultados iguais e acima da inflação predominam: 67,9% dos casos tiveram ganhos reais e 12% ficaram iguais à inflação em maio. Em função disso, a variação real média em maio foi positiva: 0,78%.

 

Os dados preliminares de maio indicam a persistência de um quadro de maiores dificuldades nas negociações coletivas.Cerca de 20% das 815 negociações analisadas pelo DIEESE, registradas no Mediador até 9 de junho, ficaram abaixo da inflação, na comparação com a variação do INPC.Outras 12% apenas recuperaram o poder aquisitivo definido na data-base do ano anterior, e 68% resultaram em ganhos reais de salários.

 

>> Leia o estudo completo 

 

 

Fonte: Dieese