
Â
Manifestantes da Frente Povo Sem Medo, junto com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), ocuparam, na manhã desta quinta-feira (3), o saguão da sede do banco de investimento Itaú BBA, pedindo pela taxação dos super-ricos. O prédio, localizado na avenida Faria Lima, em São Paulo, e avaliado em R$ 1,5 bilhão, é considerado o mais caro do paÃs.
Â
Os militantes exibiam faixas e cartazes exigindo justiça tributária, inclusão dos milionários no imposto de renda e do povo no orçamento. “O povo não vai pagar a contaâ€, “Chega de mamata†e “Taxação dos super ricos já!†eram algumas das frases exibidas.
Â
“A ocupação do edifÃcio conhecido pelo valor exorbitante e pela suntuosidade no centro financeiro do paÃs — que abriga a sede do banco de investimento Itaú BBA, não é somente uma ação simbólica, é uma denúncia clara: os donos do Itaú, que compraram esse prédio por R$ 1,5 bilhão, pagam menos imposto que a maioria esmagadora do nosso povo, que luta para pagar aluguel e comerâ€, diz comunicado divulgado pela Frente Povo Sem Medo.
Â
Manifestantes afirmam que ato é recado ao Congresso Nacional
Segundo os manifestantes, o ato também é um recado direto ao Congresso: “Já passou da hora de taxar os super-ricos e isentar do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil. O povo vai cobrar nas ruasâ€, afirmaram à revista “Fórumâ€.
Â
Eles ressaltam que o protesto desta terça é apenas o inÃcio: “A Frente Povo Sem Medo é uma das organizações que convocam a manifestação do dia 10 de julho, na Avenida Paulista, contra esse Congresso que age contra os interesses do povoâ€.
Â
Entidades lançaram ‘Plebiscito Popular’
Nesta terça-feira (1º), movimentos sociais, dentre eles a Frente Povo Sem Medo, lançaram o “Plebiscito Popular Por um Brasil mais Justoâ€, que vai até 7 de setembro. A consulta popular perguntará à população sobre o fim da escala 6×1, a taxação de quem ganha mais de R$ 50 mil e a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Â
“O Congresso — majoritariamente formado por representantes das elites econômicas e polÃticas — age como guardião dos privilégios. Bloqueia qualquer tentativa de construir um sistema tributário mais progressivo e de acabar com privilégios para distribuir melhor a riqueza e reduzir as desigualdades históricas que marcam o Brasilâ€, dizem as entidades.
Â
“Não aceitamos que as medidas para manter o equilÃbrio fiscal sustentem os privilégios da grande burguesia, dos militares e do alto escalão do Judiciário, à s custas dos direitos dos mais pobres, dos trabalhadores e dos setores médiosâ€, completa.
Â
Â
Fonte: ICL NotÃcias