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Setembro Amarelo: palestra no Sindsaúde Jaú alerta que pedir e oferecer ajuda pode salvar vidas


10/09/2025

 

Objetivo é dar o recado do que é a campanha Setembro Amarelo, mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio

 Nem sempre a pessoa com tendência suicida é uma pessoa triste. Na maioria das vezes ela camufla o seu estado de espírito, dá risada, conversa animadamente, mas no fundo não vê a hora de dar fim aos seus problemas, nem que para isso tenha de tirar a própria vida. É por isso que existe a campanha Setembro Amarelo, com objetivo de conscientizar sobre a necessidade de pedir ajuda a um colega e a necessidade desse colega saber ouvir. São atos que podem salvar vidas.

 

 

Temas como esse foram debatidos na palestra sobre saúde mental realizada no Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região neste dia 10 de setembro. Com a presença das psicólogas Lara Gibin e Suzane de Souza Carvalho, que atendem na sede do sindicato. Estiveram ainda  associados e trabalhadores do sindicato e da Sindclínica.

Falar sobre suicídio ainda é um tabu, mas pode ser a diferença entre a vida e a morte. Os presentes  ouviram relatos sobre o que leva muitas pessoas da nossa convivência a cometerem suicídio. Além de ouvir também interagiram, citando casos de amigos que não resistiram às pressões e tiraram a própria vida de forma inesperada. Lara e Suzane destacaram a importância de reconhecer sinais de sofrimento, acolher quem pede ajuda e saber ouvir sem julgamentos.

O perigo da camuflagem

Segundo a psicóloga Lara Gibin, nem sempre quem tem tendência suicida se mostra triste ou abatido. Muitas vezes a pessoa está sorrindo, conversando, vivendo aparentemente bem, mas no fundo não vê saída para os seus problemas. “O humor pode ser uma camuflagem do sofrimento”, alertou.

Ela destacou que falar sobre as dores, traumas e dificuldades é um passo importante para racionalizar os problemas e não carregá-los sozinho. Mas isso só é possível quando há alguém disposto a ouvir:
“Todo mundo tem problemas, traumas que muitas vezes vêm da infância e repercutem na vida adulta. O amigo ou colega precisa estar preparado para ouvir, sem minimizar, sem julgar. Esse ato simples pode salvar vidas.”

 

 

Suzane deu o exemplo de uma pessoa que sobre bulliyng, podendo ser traumatizante para uma e nem tanto para a outra. Nas terapias que faz, disse notar que alguns pacientes não conseguem nem chorar, sinal de que pode ter sofrido alguma repressão na infância. Na hora de desabafar ela não consegue, por isso nem sempre a necessidade de receber ajuda fica claro entre os conviventes com ela.

A psicóloga, que também visita as base do SindsaúdeJaú para fazer atendimento, lembra que nem sempre os pais conseguem ver nos filhos que eles precisam de ajuda e que são capazes de tirar a própria vida. “Pais, é preciso prestar atenção em seus filhos”, recomenda, citando o que a escola da filha dela faz com frequência por meio de recados.

“Às vezes a pessoa está ao seu lado, aparenta uma vida maravilhosa.. mas no dia seguinte você vê que ela tirou a própria vida”, alerta, ressaltando que na família ou no ambiente de trabalho é preciso estar sempre atenta a qualquer sintoma suspeito. “Setembro amarelo tem de ser desenvolvido todos os anos, todos os meses, todos os dias, todos os minutos da nossa vida”, diz Suzane, ressaltando que a luta contra a saúde mental não acaba nunca

 

 

O papel do trabalho e os sinais do corpo

Na experiência de atendimento psicológico, Lara contou que muitas pessoas chegam ao sindicato relatando perseguição ou pressões no ambiente de trabalho, mas, em conversas mais profundas, emergem questões familiares e emocionais antigas, como falta de afeto e conflitos não resolvidos. Ela entende que o trabalho pode ser o gatilho, mas o sofrimento costuma estar ligado a outros fatores.

Ela também chamou atenção para sinais físicos de alerta, como queda de cabelo, insônia, pesadelos, unhas fracas e ansiedade intensa. “O corpo fala. Esses sintomas básicos já são avisos de que algo não vai bem e de que é hora de procurar ajuda.”

Quebrando preconceitos

 

 

O tratamento do sofrimento psíquico muitas vezes exige acompanhamento psicológico e, em alguns casos, uso de medicação. Mas o preconceito ainda é uma barreira. Muitos têm medo de depender do remédio para sempre. Segundo Lara, o medicamento ajuda a reduzir a ansiedade, enquanto a terapia auxilia no entendimento das causas. “Caminham juntos e são fundamentais no processo de recuperação”, explicou Lara.

Quebrar o silêncio

Ao final, a psicóloga reforçou que a prevenção começa pela escuta e pela empatia e manda um recado: é preciso vencer o tabu, entender que está tudo bem falar de dores e sofrimentos, ter coragem de pedir ajuda e estar disponível para ouvir o próximo. Essa é a essência do Setembro Amarelo.

A presidente Edna Alves agradeceu a presença de associados, mas lamentou o fato de poucos atenderem ao chamado para a palestra. Segundo ela, toda semana atende colegas da categoria em prantos por causa de depressão ou assédio no ambiente de trabalho. Edna lembrou que a Sindclínica da Saúde começou com o atendimento psicológico com Lara Gibin. Hoje, são três profissionais que atendem na nossa clínica e mais uma na clínica particular a preço simbólico. Além de outros convênios com clínicas particulares psicologia.

 

 

Edna falou também sobre a NR1 e disse que tanto o Sindicato quanto os hospital e demais empresas precisam entender a legislação e começar a aplicar as normas de controle de assédio no ambiente de trabalho. “É preciso cuidar dos nossos trabalhadores e temos feito o possível para oferecermos um ambiente saudável tanto para quem trabalha aqui como para os associados e demais que utilizam nossas serviços.”

Setembro Amarelo: história e simbolismo

 

 

A campanha nasceu em 1994, nos Estados Unidos, com a história de Mike Emme, jovem de 17 anos que tirou a própria vida dentro de seu Mustang 68 pintado de amarelo. No velório, familiares distribuíram cartões com fitas amarelas e a frase: “Se você precisar, peça ajuda”. O gesto deu origem ao movimento internacional Yellow Ribbon.

Em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. No Brasil, o Setembro Amarelo foi adotado em 2015, por iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Centro de Valorização da Vida (CVV).

 

 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
Rua Sete de Setembro, 462 - CEP 17.201.-480 - Centro - Jaú - SP
Fone (14) 3622-4131 - E-mail: sindsaudejau@uol.com.br