Em 1810, se pegarmos um retrato do que era a população mundial em termos de expectativa de vida e renda, teríamos continentes bastante homogêneos, com baixa renda e expectativa de vida com alta concentração entre 30 e 40 anos.
Depois disso, se avaliarmos o período de Revolução Industrial, vemos a Europa e a América do Norte se distanciando em relação aos outros continentes: um aumento de renda começa a ser visto nos países mais industrializados, seguido de uma maior expectativa de vida, deixando países da Ásia e da África nos mesmos níveis anteriores e aumentando a desigualdade entre as diferentes nações.
De lá para cá, as condições variaram bastante de acordo com o período vivido. Pôde-se notar uma baixa na expectativa de vida graças à 1ª Guerra Mundial, depois uma instabilidade de renda na Grande Depressão de 1929 e, novamente, uma baixa de expectativa de vida por causa da 2ª Guerra Mundial. Ao final da guerra, o mundo experienciou a maior desigualdade já vista até então para os dois fatores abordados.
Enquanto os EUA despontavam como país mais rico e com maior expectativa de vida, o Japão já começava a melhorar no ranking e os gigantes asiáticos continuavam pobres e doentes.
Da década de 50 para cá, muita coisa mudou. Os países emergentes passaram a aumentar renda e ficaram mais saudáveis, tanto na Ásia quanto na América Latina. Os países do Oriente Médio também seguiram a onda de melhoria e a África permaneceu atrás, sendo pressionada em alguns locais pela ocorrência do vírus HIV e, em outros, acompanhando lentamente outras economias emergentes.
Em termos de expectativa de vida e renda, temos nos tornado, cada vez mais, um mundo em convergência. Transições demográficas que ocorreram em 200 anos em alguns países passam a mudar drasticamente em apenas 50 anos; países que estiveram no final do ranking durante os 150 primeiros anos, com investimento em áreas como educação e saúde, passaram a figurar posições altíssimas na atualidade.
Assim, os desafios requerem uma adaptação cada vez mais rápida de políticas públicas e modelos de negócio. É preciso ser visionário e pensar em soluções antes que o mercado nos obrigue a agir de determinada forma e, assim, tornar-se pioneiro e ter um serviço de qualidade pode sinalizar que empresas terão sucesso nos próximos anos.
Hans Rosling é um médico e estatístico sueco e apresentou um vídeo sobre a evolução desses dados na BBC. Clique aqui e confira.
Por Nathalia Nunes
Fonte: Saúde Business