Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde diz que é hora dos administradores dos hospitais se unirem em busca de mais recursos para a saúde
A diretoria do Sindsaúde de Jaú e Região cobra dirigentes hospitalares para que participem de ato em Brasília em defesa do setor, no dia 4 de agosto. No entendimento do sindicato, os administradores dos hospitais reclamam demais na hora de negociar salário com os trabalhadores, alegando falta de recursos, mas pouco fazem para pressionar o governo federal e conseguirem mais verbas para a saúde.
É hora de os dirigentes dos hospitais se unirem no Movimento Nacional ‘Acesso à saúde – Meu direito é um dever do Governo’ , marcado para o dia 4 de agosto, às 14h em Brasília. Até o momento, segundo Edna Alves, presidente do Sindsaúde de Jaú, a informação é que apenas dois hospitais da região vão participar do protesto. Seria a Santa Casa de Dois Córregos e o Hospital Nossa Senhora da Piedade de Lençóis Paulista. Ela pergunta: “E os demais dirigentes, dos grandes hospitais de Jaú e região?”
No Dia D da Saúde, hospitais filantrópicos e Santas Casas de todo o país irão até a capital do país realizar um ato em prol da saúde pública. A assessoria do Sindsaúde de Jaú recebeu nota do Hospital Nossa Senhora da Piedade de Lençóis Paulista informando que o estabelecimento será representado em Brasília por seus diretores Ricardo Conti Barbeiro e Ivaldo Augusto Victagliano.
Dívida dos hospitais - Na ocasião, gestores das entidades, profissionais da saúde e autoridades irão se reunir na Esplanada dos Ministérios para convidar a população para participar do movimento. Haverá a distribuição de folders que mostrarão a situação de dívida em que estas entidades se encontram. “Com este ato, queremos pedir apoio da população a exigir um direito que é dela, o de um atendimento rápido e de qualidade na rede pública de saúde”, explica Edson Rogatti, presidente da CBM (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos).
Os filantrópicos são responsáveis por mais de 240 milhões de atendimentos ambulatoriais do SUS por ano e em mais de 1.000 cidades a unidade filantrópica é a única alternativa de atendimento público para a população. No entanto, a tabela de valores SUS está bastante defasada e a dívida destas entidades aumentam a cada ano. “Em 2005, a dívida era de R$ 1,8 bilhões, em 2009 de R$ 5,9 bilhões e em 2011 R$ 11,2 bilhões. No final de 2015 será superior a R$ 22 bilhões”, completa Rogatti.
Frente Parlamentar - Ainda neste dia, haverá às 17h reunião com a Frente Parlamentar de apoio às Santas Casas e hospitais filantrópicos com o objetivo de apresentar o panorama do setor para os deputados federais e autoridades convidadas.
O Movimento Nacional tem como principal missão divulgar a realidade das instituições e promover a mobilização em torno do tema. No dia 29/06, aconteceu o Dia D Municipal da Saúde no qual os municípios de todo o Brasil fizeram um ato em prol da saúde pública. No dia 13/07, a ação foi estadual e foram apresentados a situação das instituições para a população e para a autoridades estaduais.