Todos os meses o DIEESE realiza
a Pesquisa da Cesta Básica de
Alimentos, realizada pela
instituição em 18 capitais.
Com base no custo
apurado para a cesta mais cara,
a de Florianópolis, e levando em
consideração a determinação
constitucional que estabelece
que o salário mínimo deve ser
suficiente para suprir as
despesas de um trabalhador e sua
família com alimentação,
moradia, saúde, educação,
vestuário, higiene, transporte,
lazer e previdência, o DIEESE
estima mensalmente o valor do
salário mínimo necessário. Em
setembro deste ano, o salário
mínimo necessário deveria ser
de R$ 2.862,73,
ou seja, 3,95 vezes o mínimo em
vigor, de R$ 724,00. Em agosto,
o mínimo necessário era de R$
2.861,55, as mesmas 3,95 vezes o
piso vigente. Em setembro de
2013, era menor e correspondia a
R$ 2.621,70, ou 3,87 vezes o
mínimo da época (R$ 678,00).
Em
setembro, para comprar os
gêneros alimentícios essenciais,
o trabalhador remunerado pelo
salário mínimo precisou
realizar, na média das 18
capitais pesquisadas, jornada de
89 horas e 52 minutos, tempo
ligeiramente inferior às 90
horas e 07 minutos registrado em
agosto. Em setembro de 2013, a
jornada comprometida era um
pouco maior, já que naquele mês
foram necessárias 90 horas e 42
minutos.
Quando
se compara o custo da cesta e o
salário mínimo líquido, ou seja,
após o desconto referente à
Previdência Social, verifica-se
que o trabalhador remunerado
pelo piso nacional comprometeu,
em setembro, 44,40% dos
vencimentos para comprar os
mesmos produtos que em agosto
demandavam 44,53%. Em setembro
de 2013, o comprometimento do
salário mínimo líquido com a
compra da cesta era maior e
equivalia a 44,81%.