O infectologista David Uip vai assumir a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. O atual chefe da pasta, Giovanni Guido Cerri sucumbiu a uma série de críticas e pediu demissão no dia 14
David Uip já havia sido convidado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para assumir a pasta há cerca de dez dias, quando o tucano decidiu demitir Cerri. O convite acabou não vingando na ocasião porque Alckmin desistiu de dispensar o atual secretário após conversar com ele.
Embora tenha sobrevivido na ocasião, o episódio acabou fragilizando ainda mais a posição de Cerri no governo.
Uip assumirá o posto até o fim do mes e, segundo disse à Folha usará o prazo para pensar em mudanças na equipe. O infectologista hoje dirige o hospital Emílio Ribas.
Uip tem perfil mais extravagante e é a aposta do Palácio para fazer contraponto às investidas do ministro Alexandre Padilha (Saúde) no Estado. Padilha é o nome do PT para disputar contra Alckmin a eleição estadual em 2014.
CARREIRA
David Everson Uip é médico infectologista e ganhou fama atendendo políticos e celebridades. Já foram seus pacientes a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente José Sarney, o ex-governador de São Paulo Mário Covas e os cantores Fábio Júnior e Thiaguinho, entre outros.
Ele se formou em medicina em 1975 pela Fundação Universitária do ABC, na Grande São Paulo. Fez mestrado e doutorado em doenças infecciosas e parasitárias na Faculdade de Medicina da USP, na qual também tem o título de professor livre-docente.
Atualmente dirige o hospital Emílio Ribas e é professor titular da Faculdade de Medicina do ABC, além de fazer parte dos quadro de profissionais do Sírio Libanês. Entre 2003 e 2008 foi diretor executivo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Também é dono da clínica Professor David E. Uip, que fica nos Jardins, zona oeste de São Paulo.
Em artigo publicado na Folha no dia 4 de agosto, Uip criticou a proposta do Governo Federal de trazer médicos estrangeiros para o Brasil ."Não se resolve a carência de médicos no interior do Brasil contratando profissionais estrangeiros sem revalidação do diploma ou exame de proficiência em língua portuguesa", disse. ^
Fonte: Folha de S.Paulo