FONTE: COMÉRCIO DO JAHU
Jaú contabiliza dois casos de gripe H1N1 em 2016, com uma morte. A informação foi confirmada ontem ao Comércio pelo secretário de Saúde do Município, Paulo Mattar. Ambas os casos foram registrados em março.
De acordo com Mattar, as ocorrências são referentes a duas mulheres atendidas pela Santa Casa de Jaú. A paciente que morreu, na unidade de terapia intensiva (UTI), tinha 45 anos e foi internada no início do mês – não foi informado se a gripe foi a única causa da morte ou se havia outro fator associado. A outra paciente, de 64 anos de idade, recebeu alta. A reportagem acionou a Santa Casa sobre o assunto, mas o hospital não se posicionou.
O Estado de São Paulo convive com surtos da doença quase dois meses antes do previsto, com preocupação adicional com sua forma mais grave, a síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Diante dessa situação, o governo paulista pediu ao Ministério da Saúde a antecipação da vacinação contra o vírus influenza – o início está previsto para 30 de abril.
Até a semana passada, havia no Estado 191 casos de SRAG atribuídos ao vírus influenza em geral (157 ao H1N1), com 27 mortes – em dois meses, mais de metade dos casos registrados no ano passado inteiro. A vacina já foi antecipada, com lotes do ano passado, na região noroeste do Estado, assim como ocorrerá com profissionais de saúde da capital.
Mattar acrescenta que Jaú ainda não recebeu as doses, mas que a aplicação poderá ser antecipada na cidade quando as vacinas chegarem. Neste ano, dois tipos de vacina da influenza foram autorizados: a trivalente, que imuniza contra três tipos de vírus (dois A e um B), e a quadrivalente/tetravalente, que imuniza contra quatro tipos de vírus (os três da trivalente mais outro influenza do tipo B).
Em ambos os casos está inclusa a imunização contra o H1N1, que é o vírus influenza do tipo A e principal causador dos atuais surtos. Em clínicas particulares, essas vacinas custam em torno de R$ 100.
Prevenção
As campanhas contra a gripe costumam abranger apenas grupos prioritários da população, como idosos, crianças, grávidas, puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias) e doentes crônicos. Mattar pede que, assim que a campanha tiver início, o público-alvo compareça às unidades básicas de saúde (UBSs).
As demais parcelas da sociedade podem adotar outras medidas preventivas, como higienizar bem as mãos, evitar aglomerações, não manter contato com pessoas doentes e tocar olhos, nariz e boca o mínimo possível.