

Evento às 14h no Cinema Municipal de Jaú tem palestras com especialistas sobre a situação atual no país
O Sindsaúde de Jaú e Região será representado pelo vice-presidente e por diretores nesta quinta-feira (28/04) no ato pelo Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. O evento será às 14h no Cinema Municipal de Jaú, onde especialistas do Ministério do Trabalho e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).
A participação é aberta a todos, informa o Sindicato dos Metalúrgicos de Jaú e Região, que promove o evento liderado pela Força Sindical em todo o Estado de São Paulo. Pela manhã, os metalúrgicos vão fazer uma panfletarem nas ruas centrais de Jaú para denunciar o problema que vitima milhares de pessoas todos os anos.
A presidente do Sindsaúde de Jaú, Edna Alves, estará em Franca para participar do 2º Simpósio de Saúde Mental do Estado de São Paulo. Mesmo assim, faz questão de que o sindicato dos trabalhadores na saúde seja representado. De acordo com o Sindsaúde, a categoria é uma das mais vitimadas no ambiente de trabalho, por isso é importante conhecer o cenário e propor iniciativas para reduzir o quadro de acidentes envolvendo profissionais da saúde. O sindicato será representado pelo vice-presidente, Aparecido Olímpio de Mello, pela conselheira fiscal Cleusa de Fátima Jacintho e pelo diretor Eliezer Toniato.
A Força Sindical faz nesta quinta-feira atos para lembrar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Um dos atos será em São Paulo. O outro em Mariana-MG, onde rompeu a barragem da Samarco. Sindicatos filiados à central, como o dos metalúrgicos de Jaú, celebram a data em suas bases.
“Nesta data denunciaremos as tragédias dos acidentes de trabalho”, diz Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força e deputado federal pelo Solidariedade-SP. “Segundo a OIT, são cerca de 160 milhões de acidentes e doenças de trabalho por ano no mundo. No Brasil, entre 2012 e 2014 ocorreram mais de 2 milhões de acidentes de trabalho”, diz Arnaldo Gonçalves, secretário nacional de Saúde e Segurança da Central.
Em todo o mundo, a data lembra o outro lado do trabalho: o que acidenta, incapacita e mata. No Brasil, os números apontam para uma guerra invisível em que morrem todos os anos, três mil trabalhadores - uma morte a cada duas horas de trabalho - e outros 300 mil se acidentam - três acidentes a cada minuto trabalhado. São R$ 32,8 bilhões gastos por ano, segundo dados da Previdência Social, com benefícios por incapacidade temporária ou permanente.
Por que 28 de abril?
Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho - OIT - adotou o 28 de abril como o dia oficial da segurança e saúde nos locais de trabalho. O movimento começou no Canadá e espalhou-se por diversos países organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais, entre elas a Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres – CIOLS.
Em maio de 2005, foi instituído o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, a ser celebrado em 28 de abril a cada ano, pela Lei nº 11.121/2005 (PL nº 856/2003, do Deputado Roberto Gouveia - PT/SP).