O DIEESE divulgou nesta quinta-feira (4/08) os resultados da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, realizada pela instituição em todas as capitais brasileiras. Essa pesquisa, calcada em parâmetros constitucionais, mensura mensalmente o custo de uma cesta de alimentos com 14 itens básicos.
Em julho, houve elevação do custo do conjunto de alimentos básicos em 22 das 27 capitais brasileiras. As maiores altas ocorreram em Boa Vista (8,02%) e João Pessoa (5,79%). As retrações mais significativas ocorreram em Florianópolis (-4,35%) e Belo Horizonte (-0,64%).
São Paulo foi a capital que registrou o maior custo para a cesta básica (R$ 475,27), seguida de Porto Alegre (R$ 468,78).
A cesta básica em São Paulo subiu 1,33%, entre junho e julho, e custou R$ 475,27. Nos primeiros sete meses de 2016, a alta acumulada foi de 13,67%.
Entre junho e julho, sete produtos aumentaram mais do que a média da cesta (1,33%): feijão carioquinha (30,68%), leite integral (16,21%), manteiga (5,92%), arroz agulhinha (4,26%), açúcar (2,88%), banana (2,62%) e café em pó (1,65%).
O trabalhador paulistano cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir, em julho, jornada de 118 horas e 49 minutos para adquirir a cesta e gastou 58,70% de seu salário líquido (após descontos previdenciários).
Salário mínimo - A partir dos preços básicos, o DIEESE também apura o Salário Mínimo Necessário, ou seja, a remuneração mínima para que o trabalhador possa suprir os gastos de sua família com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transporte, higiene e lazer. Em julho, o Salário Mínimo Necessário ficou em R$ 3.992,75, 4,54 vezes mais do que o mínimo de R$ 880,00.