Verba de R$ 1 milhão é destinada para procedimentos; remoção de vesícula e hérnias predomina
FONTE: COMÉRCIO DO JAHU
A Prefeitura de Jaú anunciou ontem o custeio de 630 cirurgias eletivas (sem urgência), que serão realizadas por meio de convênio com a Santa Casa. Em entrevista coletiva realizada à tarde, o prefeito Rafael Agostini (PSB) mencionou que o valor de R$ 1 milhão será destinado para a iniciativa.
Remoções de vesícula, hérnias e hemorroidas serão os procedimentos com maior participação entre as cirurgias, que incluem ainda retiradas de amídalas e adenoides (veja quadro).
Terão direito aos procedimentos os pacientes que já receberam a indicação médica para a realização das intervenções, em consultas realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a secretária de Saúde, Márcia Nassif, a lista de espera poderá ser divulgada, conforme lei aprovada recentemente pela Câmara.
As eletivas que já são realizadas pela Santa Casa e custeadas pelo Ministério da Saúde seguem normalmente e não têm relação com este novo mutirão, pago com recursos próprios e exclusivo para cidadãos de Jaú.
O convênio não tem prazo de vigência – a parceria termina quando o dinheiro acabar. De acordo com a secretária, a intenção é que a convocação seja feita rapidamente, mas os pacientes precisarão passar por uma avaliação prévia que antecede intervenções cirúrgicas. “Vão ser executadas o mais rápido possível, pode ser em meses, pode ser em um ano”, afirmou.
O governo acredita que alcançará “quase a totalidade” da fila por eletivas. A reportagem questionou se a espera não chega a 2 mil pacientes, conforme divulgado em anos anteriores, mas a secretária negou que o montante seja este.
Polêmica
A coletiva contou com a presença em massa de secretários e vereadores aliados, e serviu como espécie de desagravo da Câmara em função do desgaste provocado no ano passado por esse mesmo tema. No fim do ano, a base rejeitou emenda de R$ 1 milhão defendida pela oposição, argumentando que o Município já dispenderia esse recurso com as cirurgias. Na época, os legisladores enfrentaram uma grave crise de credibilidade provocada pela repercussão negativa entre a população.
Em tom contundente, o prefeito criticou “quem estava torcendo para as cirurgias não saírem”. “A compreensão, o bom senso e a Lei de Responsabilidade Fiscal prevaleceram sobre a demagogia e o circo”, disse.
Além do presidente da Câmara, Lucas Flores (PSD), outros oito vereadores participaram da coletiva.