Convocada para uma audiência de conciliação para definir as condições salariais dos trabalhadores relativo a 2018, a administração do Hospital de Base de São José do Rio Preto voltou a negar a concessão do reajuste pleiteado pela categoria. Com data-base em maio, os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 3%, além da manutenção de outros benefícios já conquistados em acordos coletivos anteriores. O presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, Edison Laércio de Oliveira, participou da audiência que contou com a presença de trabalhadores e do presidente do Sindicato da Saúde de Rio Preto e Região, Reinaldo Dalur de Souza.
De acordo com Reinaldo, na Campanha Salarial de 2018, a diretoria do hospital concedeu primeiramente um reajuste de 1,69% em maio e em junho complementou os 2%. Sem demonstrar qualquer respeito aos 6.400 trabalhadores e ao Sindicato que representa a categoria, decidiu que ao invés de conceder os 3%, passaria a dar prêmios, de acordo com o merecimento de cada funcionário.
O hospital manteve esta mesma posição na audiência, realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, sediada em Campinas, e que foi presidida pela Desembargadora presidente da Seção de Dissídios Coletivos, Tereza Aparecida Asta Gemignani.
Assembleia vai definir rumos do movimento
Próximo a mais uma Campanha Salarial, o presidente do Sindicato afirmou que levará o resultado da audiência para os trabalhadores. Muitos estão revoltados com a postura da empresa e também com a perda do poder aquisitivo ao longo dos anos. “Não é justo com os trabalhadores”, destaca ele, lembrando a grandeza do estabelecimento.
O Hospital de Base de Rio Preto é um dos maiores e mais importantes complexos hospitalares do Estado de São Paulo. É um hospital-escola, ligado à Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), o HB é um centro médico de referência para o atendimento de mais de 2 milhões de habitantes dos 102 municípios pertencentes à Divisão Regional de Saúde de Rio Preto (DRS 15). O Hospital de Base atrai pessoas de todas as regiões do Brasil e até da América Latina.
“Com tudo isso é triste não vemos os trabalhadores reconhecidos pelo trabalho que executam. É importante lembrar que são eles que carregam o hospital com seu trabalho. Toda a fama do HB, que é o segundo maior hospital do Estado, deve-se a essa dedicação”, desabafa Edison de Oliveira que continuará a acompanhar a luta dos trabalhadores por melhores salários e condições de vida.