As Centrais Sindicais voltam a se reunir terça (26), às 15 horas, no Dieese (São Paulo). O encontro é pra avaliar as manifestações do dia 20 e analisar a proposta de reforma da Previdência, encaminhada por Bolsonaro ao Congresso Nacional. Os dirigentes também devem definir calendário de lutas em defesa da aposentadoria.
A princípio, as comemorações do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, que são datas em que o sindicalismo faz grandes atos, serão aproveitadas para colocar em pauta o debate sobre as mudanças propostas no regime de aposentadorias.
Além disso, os dirigentes organizam um dia nacional de lutas e mobilizações em defesa da Previdência Social pública e contra o fim da aposentadoria. A data ainda será definida.
Sindicalismo – A Agência Sindical conversou com Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins.
De acordo com o dirigente, a CNTA está avaliando com profundidade todos os itens da PEC 6/2019, que começa a tramitar na Câmara dos Deputados. Ele adiantou alguns posicionamentos com relação às novas regra propostas.
“A reforma ataca diretamente a mulher trabalhadora da cidade e do campo. Hoje ela se aposenta com 60 anos e 15 anos de contribuição. Pela proposta a idade aumenta para 62 anos, mantém 65 para os homens e sobe para 20 anos o tempo de recolhimento, penalizando a todos, mas principalmente as trabalhadoras”, destaca Artur.
“No caso das trabalhadoras do campo a coisa piora ainda mais. A proposta eleva de 55 anos para 60 anos a idade mínima equiparando-a com a do homem. Elevando de 15 para 20 anos de comprovação de atividade rural. Isso é absurdo”, aponta.
Mulheres – A diretora de Assuntos da Mulher da Nova Central-SP, Kátia Rodrigues, informa que, por conta dos ataques às trabalhadoras, a entidade está chamando um ato dia 29 de março, com passeata partindo do prédio do INSS. A manifestação tem apoio da Confederação das Mulheres do Brasil e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria. “Mas estamos convocando a todos para engrossar esse protesto”, destaca a dirigente.
UGT – A União Geral dos Trabalhadores divulgou nota criticando a reforma. Para a Central, o Artigo 40, parágrafo 1, que remete à Lei Complementar, “pode ser um cheque em branco para o governo”. “Essa questão nos preocupa, pois estamos discutindo o futuro do trabalhador. Por essa razão, somos contra aquilo que não está descrito na lei”, diz o texto. Leia a íntegra aqui.
Fonte: Agencia Sindical