Num ensaio de aproximação entre o governo de Jair Bolsonaro (PSL) e o movimento sindical, o ministro da Economia, Paulo Guedes, receberá no dia 23 de maio o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, para discutir a pauta da central para a reforma da Previdência.

A reunião tem o aval de Bolsonaro, que recebeu Patah para uma rápida conversa na última segunda-feira, no que foi o primeiro encontro desde o início do mandato do presidente com uma liderança sindical.

Por enquanto, Guedes aceitou dialogar exclusivamente com a UGT. Mas, segundo Patah, há possibilidade de que outras lideranças participem do encontro. "Estou tentando construir essa ponte, com os dois lados", disse.

A UGT defende uma reforma da Previdência mais amena em relação à do governo. A idade mínima de aposentadoria proposta pela central é de 57 anos para a mulher, e de 62 anos para o homem. O governo propõe 62 e 65 anos.

Ao se aproximar de Bolsonaro, Patah também afirma estar tentando evitar a destruição do movimento sindical. "Precisamos buscar o diálogo, porque temos que ter humildade e reconhecer que estamos em uma situação de vulnerabilidade", disse.

A organização da festa unitária do 1º de Maio das centrais no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, sem sorteios de veículos e com uma programação de shows reduzida, mas que reuniu mais de 200 mil pessoas, é apontada com um dos reflexos de medidas que, nos últimos anos, limitaram a arrecadação dos sindicatos.

Destacam-se entre essas medidas, a reforma trabalhista, da gestão Michel Temer (MDB), e a proibição de Jair Bolsonaro aos descontos da contribuição sindical em folha.

Fonte: Com informações do Valor Econômico