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Recuperação é a mais fraca em 40 anos


30/08/2019

 

 

Com a atividade econômica ainda em marcha lenta, o País só recuperou 30% dos cerca de R$ 486 bilhões perdidos durante a última recessão econômica, que se entendeu de 2014 a 2016. Passados mais de dois anos, faltam cerca de R$ 338 bilhões para que o Produto Interno Bruto (PIB) volte ao patamar pré-crise. Apesar de ter iniciado o processo de recuperação pós-recessão no primeiro trimestre de 2017, esse tem sido o período de expansão mais fraco dos últimos 40 anos. 

Em meio à crise fiscal, o governo pela primeira vez não está contribuindo para a recuperação da economia, apontou um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast. 
 
Durante a recessão, o PIB acumulou uma retração de 8,2%. Desde que começou a crescer, no primeiro trimestre de 2017 até o primeiro trimestre de 2019, a economia só cresceu 3,2%. A preços de 2018, foram recuperados cerca de R$ 148 bilhões somente. 
 
Sob a ótica da oferta, 7 entre as 12 atividades econômicas estão operando aquém do período pré-crise: indústria de transformação, construção, comércio, informação e comunicação, transporte e armazenamento, atividades financeiras e outros serviços. 
 
“Mesmo que estejam crescendo, elas não conseguiram se recuperarâ€, explicou a economista Juliana Trece, pesquisadora do Ibre/FGV e responsável pelo levantamento. “Das oito atividades que retraíram na recessão, apenas os serviços imobiliários já se recuperaram após 20 trimestresâ€, completou. 
 
Depois de mais de dois anos de crescimento, o PIB ainda permanece 5,3% abaixo do nível pré-recessão. O levantamento do Ibre/FGV considerou o comportamento do PIB e dos segmentos de atividade econômica por um período de 20 trimestres a contar do início de cada período recessivo registrado no Brasil nos últimos 40 anos. 
 
Desde 1980, o Brasil esteve em recessão por nove vezes. Passados 20 trimestres desde o início do período recessivo, a economia tinha conseguido superar o patamar pré-crise em todas as ocasiões, exceto nas recessões de 1987 (quando permanecia 3,1% aquém do pré-crise) e agora na de 2014 (-5,3%). 
 
“É curioso, porque a recessão de 87 teve mais de um período recessivo dentro desse período de recuperação de 20 trimestres (a recessão de 1989). Mesmo assim, essa recuperação da recessão que estamos agora é a que está em pior nívelâ€, ressaltou Trece. 
 
Uma das explicações para a dificuldade da recuperação é que o consumo do governo não tem conseguido ajudar no processo de retomada da economia devido ao momento de crise fiscal. Desde que a recessão terminou, o consumo do governo teve ligeira redução de 0,1%. “Está praticamente estagnadoâ€, resumiu Trece.
 
Em relação ao patamar pré-crise, houve uma retração de 1,2% no consumo do governo, ou seja, a administração pública ainda não contribuiu para a recuperação da economia desde a última recessão. 
 
“A administração pública normalmente crescia durante as recessões, porque era uma forma de o governo tentar ativar a economia. Então acabava investindo e ajudando a movimentar um pouco a economia. Só que agora, sem dinheiro, com essa relação dívida x PIB alta, o governo está sem recursos para poder investirâ€, ponderou Trece.
 
O País está num momento em que acumula problemas tanto de oferta quanto de demanda, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
  
“O problema é que a gente trocou diretrizes de política econômica muito focadas pelo lado da demanda, como a do governo (da ex-presidente) Dilma Rousseff, por uma agenda muito focada no lado da ofertaâ€, avaliou Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi. 
 
O governo já detectou a questão da demanda fraca, lembrou Cagnin, por isso anunciou a liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e estuda a desoneração de folha de pagamento como forma de estimular a geração de emprego. 
 
“Parece que o governo vem tomando consciência de que as reformas são fundamentais, resolvem os problemas estruturais da economia, encaminham as restrições pelo lado da oferta, mas que também tem problemas de demandaâ€, disse Cagnin. “O governo levou quase nove para descobrir que além do problema de oferta também tem problema de demanda, fazendo com que esse ano seja realmente decepcionante. Mesmo que a gente fique numa estabilidade, é uma interrupção no processo de recuperação, não ajuda a entrar num processo que retroalimenta a economiaâ€, lamentou o economista-chefe do Iedi.
 
 
Fonte: Estadão
 
 
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