
O Sindicato da Saúde de Jaú e Região realizou na terça-feira (21/01) assembleia com trabalhadores do Hospital São José de Barra Bonita. Dezenas de funcionários estiveram presentes na frente do hospital à s 17h, mas muitos não participaram temendo represálias da direção, que determinava para que ninguém saÃsse de seus setores.
Com o aval dos trabalhadores para se chegar à greve o Sindicato vai preparar a documentação necessária para que eventual greve seja deflagrada a partir do quinto dia útil de fevereiro se ocorrer novo atraso no pagamento. O hospital fez o pagamento de dezembro na noite de segunda-feira, com 15 dias de atraso. “Só fez o pagamento após tomar conhecimento de que seria realizada a assembleiaâ€, comentou a presidente do Sindicato, Edna Alves. Mesmo assim a assembleia foi mantida.
Edna falou da situação sobre o atraso frequente no pagamento dos salários, do não pagamento das férias em dia e do atraso na entrega da cesta básica e do vale transporte. Ela disse que uma greve tem trâmites a serem seguidos. Com a votação aprovando o estado de greve, está autorizada a paralisação no próximo mês caso ocorra novo atraso no pagamento de salários.
“Atrasos não estão ocorrendo só agora. Vem há mais de um ano. Desta vez o pagamento de dezembro saiu com 15 dias de atraso. A cesta básica não foi entregue. Funcionário sai de férias não está recebendo. O hospital está descumprindo a convenção coletiva. Queremos uma data fixa para pagamento dos salários, queremos cesta básica no prazo, queremos que o vale transporte seja entregue em dia aos trabalhadoresâ€, comentou Edna Alves.
Segundo ela, funcionários foram coagidos a não sair do setor e a não participar da assembleia. “Quem se sentir pressionado, comunique o sindicato ou vá até a Delegacia fazer boletim de ocorrência por assédio moral. E não assinem documento algum sem a presença do sindicatoâ€, alertou a dirigente.
Sobre represália, ela cita o caso do diretor Luis Antonio Ferreira, motorista no hospital, que foi afastado porque se recusou a levar paciente para outra cidade em perua com defeitos mecânicos.
Sobre chegar a decretar a greve, Edna diz que é preciso comunicar autoridades, receber a lista de escala dos funcionários para definir a escala mÃnima prevista na legislação. Após a  votação abrir espaço para a greve os funcionários poderão a qualquer momento paralisar as atividades  caso ocorram novos atrasos. “Deixamos a população esclarecida para que fique alerta para a adesão dos funcionários a esse estado de greve.â€
  
  
  
