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O governo de São Paulo abriu um edital para a contratação de 1.500 leitos de UTI da rede privada para casos de coronavÃrus no estado. Cada leito custará, por dia, R$ 1.600. A previsão é de 270 mil diárias.Â
O chamamento, publicado no Diário Oficial desta quarta (20), também prevê a contratação de 3 mil leitos clÃnicos para permanência mÃnima de cinco dias, ao custo de R$ 1.500 cada. São previstas 108 mil diárias.
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Na publicação, o governo prevê colapso do sistema de saúde público em três semanas, considerando o avanço da doença no estado. Nesta terça (19), São Paulo registrou 324 novas mortes e ultrapassou os 5 mil óbitos.
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No total, já são 65.995 casos confirmados da doença no estado, sendo 2.929 novos registros nas últimas 24 horas.
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"Considerando estudos realizados pelo Centro de Contingência da COVID-19, que apontam para um crescimento linear da taxa de ocupação desses leitos, sendo que, mantido o crescimento atual de ocupação, e não obstante a adoção, quando possÃveis, de alternativas, como a redução do tempo de permanência dos pacientes, além da relocação de pacientes, certamente ocorrerá, em três semanas, o colapso no sistema de saúde, pois os leitos de UTI disponÃveis ainda não são suficientes para enfrentar a crescente ameaça de grave e irrecuperável lesão à saúde pública do Estado", diz o texto publicado no Diário Oficial.
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O aluguel de leitos é uma alternativa para ampliar a rede de atendimento do estado. A medida já é usada pela Prefeitura de São Paulo. A gestão municipal já fechou parcerias com 13 instituições particulares para fornecimento de 835 leitos de UTI. No dia 13 de maio, um novo edital foi aberto solicitado mais 100 leitos.
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Entretanto, na falta de acordos ou parcerias, a requisição de leitos é garantida ao poder público em legislação federal.
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Fonte: G1
Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo