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 A inflação continuou, em agosto deste ano, pressionando mais o custo de vida de pessoas com renda mais baixa. Segundo o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), esse fenômeno vem ocorrendo desde março deste ano.
De acordo com o Ipea, em agosto, a inflação de famÃlias mais pobres (cuja renda domiciliar é menos do que R$ 900) teve variação de 0,38%, acima da taxa de 0,10% percebida pelas famÃlias mais ricas (com renda maior do que R$ 9 mil).Â
Com o resultado de agosto, a inflação no ano chega a 1,50% para famÃlias mais pobres, enquanto as famÃlias mais ricas têm uma deflação (queda de preços) acumulada de 0,07%. Em 12 meses, o acumulado para famÃlias mais pobres é de 3,20%, mais do que o dobro (1,54%) das famÃlias mais ricas.Â
O Ipea constatou que o grupo de despesas que está mais pressionando a inflação é o de alimentos no domicÃlio, que formam o gasto com maior peso na cesta de consumo das famÃlias mais pobres, e que subiram 0,78% no mês. No ano, alimentos importantes para os brasileiros acumulam altas de preços: arroz (19,2%), feijão (35,9%), leite (23%) e ovos (7,1%).Â
Ao mesmo tempo, os serviços tiveram queda de preços, o que provoca um alÃvio mais intenso no orçamento das famÃlias mais ricas. Os gastos com educação recuaram 3,47% no mês. As mensalidades escolares, por exemplo, tiveram quedas de preços em agosto: creches (-7,7%), escolas de ensino fundamental (- 4,1%) e escolas de ensino médio (- 2,9%).Â
Fonte: Agência Brasil