Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região

Diante da iminência de um nova onda de covid e da sobrecarga do sistema de atendimento hospitalar, afetando diretamente os profissionais da saúde, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região foi às ruas nesta quinta-feira para “implorar” o uso de mascara de proteção. Panfleto sobre a necessidade de continuar a utilizar o item de proteção traz orientações sobre o uso correto dela.

“Tem muita gente na cidade andando sem máscara, com a máscara no queixo, nariz de fora. Basta olhar nos vídeos publicados em nossas redes sociais. É falta de respeito com o próximo. Em nenhum momento deixou de ser obrigatório o uso da máscara. Temos de usar sempre”, comentou Edna Alves, presidente do Sindicato, que foi acompanhada pelos diretores Aparecido e Cleusa.

PANFLETO E DICAS

Essa orientação de ir ao encontro do cidadão é da nossa diretoria e das diretorias da Federação Paulista da Saúde e da central sindical UGT-SP, que elaborou material impresso no ano passado e repassou a todos os sindicatos filiados. Em Jaú, esse material já entregue na sede do sindicato para orientar nossa categoria e seus dependentes. Agora, levamos para as ruas para alertar toda a população.

“Não se engane. Máscara ainda é fundamental”, diz o impresso, que traz seis passos para se cuidar e contribuir para o fim da pandemia. São ações rotineiras que todos já conhecem, mas que deixaram de seguir. Especialmente depois da liberação geral das festas e aglomerações.

Ação ocorreu no pronto-atendimento do São Judas, na rodoviária, no centro bancário de Jaú, em laboratórios de testes de covid e em outros pontos. “Na fila do teste ou na fila do médico, todos usam máscara. Agora estão com medo de dar positivo, ir parar num hospital, intubar, morrer.... Por que não usaram máscara em todo lugar antes?”, questiona a dirigente sindical.

NOVO SURTO

Jaú vive novo surto de covid, iniciado em dezembro e que dispara neste janeiro. Depois de pouco mais de 1 caso por dia em média em novembro passado, dezembro teve média de quase seis. Janeiro já com média de 25 e subindo. Disparou o número de casos confirmados e suspeitos.

Os pronto-atendimento estão lotados, batendo recordes de pessoas na fila em busca de tratamento para sintomas gripais e de covid. Internações nos hospitais também cresceram. Mortes já temos uma por semana nos últimos 15 dias, depois de quase três meses sem óbito por covid na cidade.

FASE VERMELHA

Na abordagem da população, os sindicalistas alertaram pela nova onda, pela fase vermelha que a cidade está e fez o alerta de que pode vir a ocorrer novo colapso no atendimento. A preocupação de Edna Alves, recai também sobre os profissionais da saúde, que estão cansados de lutar contra a pandemia, cansados de ouvir pessoas negando o contágio ou brigando para serem atendidos sem fila.

A demanda cresceu demais, segundo ela, e corre-se o risco de faltar trabalhadores da enfermagem para dar conta de tanta gente doente. Outra questão que ela lamenta é a falta de valorização até hoje da categoria, mesmo após uma pandemia cruel e que matou mais de mil profissionais da saúde vítimas da covid no país.

VÍDEOS DA AÇÃO DO SINDICATO DA SAÚDE

PRONTO-ATENDIMENTO SÃO JUDAS