Jaú   •  
   Página Inicial
   Associe-se
   Atendimentos
   Aniversariantes
   Acordos Coletivos
   Aviso Prévio
   Benefícios do Sócio
   Cantinho do Relax
   Recolhimento da Contribuição Sindical
   Convenções Coletivas
   Colônia e Clube
   Código de Ética
   Convênios
   Contribuições Online
   Cursos / Palestras
   Diretoria
   Eventos
   Espião Forceps
   Fale Conosco
   Galeria de Fotos
   História
   Homologação
   Links Úteis
   LEI: Auxiliar x Técnico
   Localize
   Notícias
   Seguro | Benefício
   Sindicato Forte
   Lazer com desconto
   Telefones Úteis
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Aumento de casos de Covid deixa enfermeiras com sobrecarga de trabalho e emocional


12/01/2022
 

O ano começou com preocupação de norte a sul do país. A trégua que a Covid parecia dar no fim de 2021 deixou todo mundo aliviado. Vieram encontros com familiares e amigos sem uso de máscara, mas dois inimigos traiçoeiros estavam à espreita: o vírus da gripe e uma variante da Covid muito contagiosa. 

As pessoas adoecem e, como não acham testes para saber o que têm, correm para o pronto-socorro. Isso sobrecarrega os hospitais e, principalmente, as enfermeiras. Cabe a elas o trabalho mais pesado.
 
“É um sentimento de frustração, um sentimento de insegurança, um sentimento de angústiaâ€, diz Ana Carolina, que trabalha na região metropolitana do Recife. Ela está na linha de frente desde o começo da pandemia.
 
A Secretaria de Saúde de Pernambuco registrou nas últimas semanas mais de 200% de aumento nas solicitações de vagas em UTI. Ana e as colegas observam os efeitos disso na prática.
 
Drauzio Varella: Em um plantão de 12 horas, você não para um minuto?
Ana: Por lei, a gente tem três horas de descanso. O que eu percebo hoje é que a gente trabalha o tempo todo, porque a gente fica pensando no paciente que deixou. A gente fica pensando numa conversa com um acompanhante que a gente teve, e a gente não consegue desligar fácil. Muitas vezes, a gente inclusive vira sem conseguir dormir. 
 
“Durante a pandemia, o número de profissionais de saúde infectados na América Latina foi cerca de três vezes maior do que o número de profissionais de saúde na Europa, Estados Unidos e Canadáâ€, lembra o médico sanitarista e epidemiologista Jarbas Barbosa, vice-diretor geral da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
 
No Brasil, o avanço da vacinação tem ajudado a evitar uma avalanche de casos graves, com internações e óbitos. Mas a Opas ressalta a necessidade de reforçar os protocolos adotados nos piores momentos da pandemia.
 
“Mantenham o uso de máscara e evitem aglomerações. Isso tem que ser a resposta nossa. E até uma atitude de respeito aos profissionais de saúdeâ€, pede Barbosa.
Como boa parte do pessoal de enfermagem, Daniele Leal acumula empregos em dois hospitais do Rio de Janeiro para aumentar a renda. Para ela, virou rotina fazer um plantão atrás do outro, inclusive pra diminuir os riscos para a família.
 
Drauzio Varella: você teve medo de infectar os filhos, o seu marido?
Daniele: Meu filho mais novo ficou doente. Ele chegou a ficar doente, e aí você começa a se culpar. De repente, pensa até em sair dessa profissão, falar “não, já pensou se acontece uma coisa com meu filho?â€.
 
As condições de trabalho de enfermeiras e enfermeiros vem sendo estudadas pela Fiocruz. Segundo a pesquisa, 85% por cento das profissionais da área são mulheres. A maioria de pretas, pardas e moradoras da periferia.
 
Margarete Braga é enfermeira em belo horizonte e, apesar das dificuldades, segue na linha de frente.
 
“Se antes a gente triava 50, agora a gente está triando 150. Eu não sei se vou aguentar passar por tudo de novo. Eu não quero. Eu não quero ver uma pessoa entrar dentro da triagem, conversar comigo, e eu não poder falar com um parente ‘Olha, abraça a sua mãe, porque talvez você não vai encontrá-la mais’. Teve um caso, uma senhora entrou na triagem comigo à tarde. Ela estava dessaturando, e com o filho do lado. Eu queria falar para ele ‘abraça a sua mãe, porque talvez você não vai encontrá-la mais", mas eu não podia falar por causa da ética. Eu não quero passar por isso de novo, não.â€
 
As mulheres e os homens que se dedicam à enfermagem estão entre as pessoas mais generosas da sociedade. Ganham mal e muitas vezes não têm condições adequadas de trabalho.
 
Públicos ou privados, os serviços de saúde precisam oferecer valorização e salários dignos. Quando você entra em aglomerações, sai sem máscara ou deixa de tomar vacina, saiba que são as enfermeiras que vão arcar com o peso da sua irresponsabilidade.
 
Fonte: G1
 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
Rua Sete de Setembro, 462 - CEP 17.201.-480 - Centro - Jaú - SP
Fone (14) 3622-4131 - E-mail: sindsaudejau@uol.com.br