O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) se defendeu, nesta terça-feira (22/2), das crÃticas que vem recebendo virtualmente por ter barrado a votação do piso salarial da enfermagem na Câmara.O Plenário do Senado aprovou em novembro, na forma de um substitutivo, o projeto que institui o piso salarial nacional do enfermeiro, do técnico e do auxiliar de enfermagem e também da parteira (PL 2.564/2020).Â
A proposta de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) estabelece um salário base de R$ 4.750 para uma carga de 30 horas semanais para os enfermeiros; 70% deste valor para os técnicos; e 50% para os auxiliares de enfermagem e parteiras.
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“O Senado votou um texto que a gente não sabe quanto dá de impacto, se é 17, 23, 37, ou 50 bilhões. E quem é que vai pagar esse custo? Porque muitas vezes a gente pensa que está dando um piso e pode estar tirando o emprego. A gente tem que levar em consideração que o Brasil é um paÃs continental. Que a realidade de um municÃpio no Amapá não é a mesma num municÃpio de São Pauloâ€, destacou. Lira ainda informou que foi consolidado um grupo de trabalho para que seja formulada uma auditoria que meça o impacto financeiro da proposta. “Nada contra os enfermeiros, mas muito em favor do impacto que uma proposta dessas pode causarâ€, concluiu.
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Volta ao presencialÂ
Lira comunicou que o trabalho dos parlamentares deverá voltar ao regime presencial após o feriado de carnaval. Com a intensificação dos casos da variante Ômicron da covid-19, a Câmara entrou em trabalho remoto por decisão da Mesa Diretora no dia 17 de janeiro.
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“O clima está normal, a Ômicron está diminuindo. Tivemos uma boa conversa no pleito que fizemos que é do parlamentar vir trabalhar sem aumento de cotas com as empresas aéreas. Hoje, acho que dá para voltar ao trabalho presencial", ressaltou.
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Comissões
Articulando sua permanência na presidência da Câmara em 2023, o parlamentar busca celeridade na designação das comissões temáticas entre os partidos. Apesar de impasses com a organização de partidos, Lira tem expectativa de que a questão seja resolvida ainda nesta terça.
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“É uma questão só de ajustar algumas situações, porque com a fusão do PSL com DEM tem mudanças administrativas e polÃticas na casa. Com essa nova condição e sem a gente saber quantos parlamentares vão ficar, isso altera um pouco a situação das escolhas. Mas se a gente conseguir construir um acordo para que os partidos mantenham as mesmas condições do ano de 2021, aà a gente faz com tranquilidadeâ€, explicou.
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Fonte: Correio Brasiliense