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37% dos acordos salariais tiveram reajuste acima da inflação


25/07/2022

 

 O levantamento realizado pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos aponta que, com inflação acumulada em mais de 11%, no Brasil, os trabalhadores ainda estão tendo perda salarial, sem ganho real acima da inflação. De acordo com o estudo, entre todas as categorias trabalhistas analisadas, a média de reajuste salarial ficou negativa: menos 0,58%.

 
O trabalhador brasileiro está perdendo salário, é o que explica o sociólogo e responsável pelas análises das negociações coletivas no Dieese, Luís Ribeiro. “Considerando essa média entre os ganhos reais positivos e negativos o trabalhador perdeu o poder de compra”, completa.
 
O que é o aumento real?
 
Para ser considerado aumento real, o salário precisa ser reajustado mais que o índice da inflação para que o trabalhador tenha poder de compra. Se o aumento salarial for apenas o valor da inflação, ou menor, não representa aumento real.
 
De acordo com o Dieese, o índice negativo apontado ainda é o melhor do período analisado. A última vez em que a média de reajustes salariais ficou positiva foi em setembro de 2020, quando o aumento foi de 0,1% acima do INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo IBGE.
 
Outro levantamento do Dieese mostrou que 37% das categorias trabalhistas conseguiram negociar reajustes salariais acima da inflação. Para o sociólogo Luís Ribeiro, os números ainda não são o ideal, mas representam uma melhora significativa, devido à questão regional e ao setor da indústria.
 
Por outro lado, 26% das categorias trabalhistas tiveram aumento salarial abaixo da inflação. Isso significa que o reajuste não alcançou o aumento nos preços dos alimentos, por exemplo.
 
Lembrando que o levantamento considerou as categorias com data-base no mês de junho. A data base é definida por empregadores e funcionários para discutir o reajuste anual do salário. O Dieese considerou as negociações já realizadas, mas outras ainda estão em andamento, o que pode alterar os números finais da análise.
 
com informações da Agência Brasil
 
 
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