Simone Tebet, Ministra do Planejamento e Orçamento esteve, na tarde desta segunda-feira (02/10), reunida com dirigentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT) para um encontro que teve como objetivo esclarecer pontos da reforma tributária, tirando todas as dúvidas a respeito do tema e, principalmente, de que maneira a medida irá impactar na vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
Ricardo Patah, presidente nacional da UGT enfatizou que a ministra visitou o prédio do Sindicato dos Comerciários de São Paulo visando conhecer a estrutura que é oferecida para os (as) trabalhadores (as) e ministrar uma palestra que tem um foco tão caro, para todos os (as) brasileiros (as), que é a reforma tributária. “Constituímos a UGT em 2007, já com a compreensão da unidade, pois quanto mais o movimento sindical estiver unido mais a classe trabalhadora sai ganhando”.
O Encontro contou com a presença do deputado federal Luiz Carlos Motta (PL-SP), presidente da Fecomerciários e relator do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2024, dos vice-presidentes ugetistas Antonio Carlos dos Reis, Salim, Enilson Simões de Moura, Alemão, Cleonice Caetano Souza, Cleo e David Zaia, além de Canindé Pegado, Francico Pereira, Chiquinho, Juliana Karine Machado e Washington Aparecido dos Santos, Maradona, respectivamente, secretário geral, secretáriio de Organização, Formação Sindical e Política, secretária de Juventude e 1º Secretário Adjunto dos Trabalhadores Urbanitários da UGT nacional, entre outros dirigentes sindicais de diversas categorias profissionais.
A ministra ressaltou que é preciso resolver a questão das cracolândias. “Estão sequestrando nossos jovens para o tráfico, para violência, marginalidade. Nossos jovens as vezes não estudam por falta de opção, a sugestão é que a gente pague uma bolsa por mês para que cada jovem que está na metade do ensino médio tenha estímulo para não parar de estudar”, explicou a ministra sobre um programa que ainda está sendo avaliado pela equipe técnica do governo.
Segundo Tebet a primeira ação a se fazer em relação as cracolândias é humanizar o problema, não discriminar e buscar, de forma republicana, debater essa questão tão importante que é a dos dependentes químicos e as consequências dessa epidemia de drogas para a sociedade como um todo.
Simone foi contundente ao defender ainda mais o empoderamento das mulheres, reforçou que seja na vida pública ou na iniciativa privada é preciso que o Brasil tenha cada vez mais mulheres em cargos de poder, contudo nas esferas dos governos, federal, estadual e municipal, isso só ocorre numa democracia e parabenizou o encontro como momento importante, histórico e democrático. “Estamos numa mesa democrática, olha a importância desse momento, o Motta é PL, eu sou MDB, o Davi (Zaia) Cidadania, PSD, PSB, PT, não importa (a sigla), nós somos um só time, um só povo. Esta mesa democrática, acima de tudo e antes de tudo é o que queremos para o Brasil, com democracia temos tudo, sem democracia não teremos nada”.
A ministra também afirmou que neste próximos anos de governos mais do que falar em corte de gastos, é preciso falar na qualidade dos gastos públicos e reavaliar as renúncias fiscais. “O supersimples é uma medida excelente, isso é indiscutível, a questão é que temos políticas públicas em que se renuncia a arrecadação de setor que é extremamente necessário para gerar emprego e renda, agora tem algumas vezes que a gente renuncia a arrecadação de setores que não entregam, lá na ponta, o resultado para a sociedade, seja em forma de emprego ou prestação de serviço de qualidade, por isso que é preciso rever a qualidade dessas desonerações”, concluiu a ministra.
Entre os sindicatos que estiveram presentes estavam: Padeiros-SP, Frentistas Guarulhos e Região, SIGMUC, Sindicato dos Comerciários de SP, SINTECT-SP, SINPF/SP, Sinsaúde Campinas e Região, Sincomerciários de Santos, Sintetel, Sindbast, Siemaco Baixada Santista, SINDGUARDAS-SP, SINDCONAM-SP, SINBIESP.