Como presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), é com imensa alegria e orgulho que parabenizo a ginasta Rebeca Andrade por seu feito histórico na apresentação solo, superando a extraordinária Simone Biles e conquistando uma medalha de ouro para o Brasil. Este não é apenas um triunfo esportivo; é um marco de esperança e inspiração para todos nós.
Rebeca Andrade não apenas trouxe orgulho ao nosso país, mas também elevou o nível da ginástica mundial com sua determinação, talento e graça. Sua vitória ressoa além dos limites da competição, ecoando uma mensagem poderosa de perseverança e excelência.
No entanto, meu comentário não se limita à comemoração da medalha de ouro para o Brasil. Ele se estende a uma reflexão sobre uma questão mais profunda e perturbadora que afeta nossa sociedade. Mesmo sendo reconhecida como a melhor ginasta de todos os tempos, Simone Biles tem enfrentado comentários infelizes e racistas na internet, que criticam seu cabelo e, por extensão, sua identidade.
Esses comentários revelam o quão presente e enraizado o racismo estrutural ainda é em nossas sociedades. A luta contra o racismo é uma luta de todos nós e deve ser enfrentada de maneira urgente e decidida. Precisamos combater e erradicar essas atitudes que não têm lugar em um mundo que se deseja justo e igualitário.
Eu me refiro a Simone Biles como "nossa" porque, ao vê-la em ação, sentimos que ela pertence a todos que apreciam o talento e a beleza do esporte, transcendente de nacionalidades. Assim como Pelé foi e sempre será o rei do futebol, Simone Biles é e sempre será a rainha da ginástica, uma figura que inspira milhões ao redor do mundo, não apenas nos Estados Unidos.
Assistir à Simone Biles competir é um privilégio semelhante ao de ter visto Pelé jogar. E é por essa razão que o feito de Rebeca Andrade é tão especial. Ao vencer Simone Biles, Rebeca não apenas escreveu seu nome na história, mas também nos lembrou do poder do esporte em unir pessoas e quebrar barreiras.
A vitória de Rebeca é um triunfo que nos enche de orgulho e nos motiva a continuar lutando por um mundo onde todos possam ser apreciados e respeitados por suas habilidades e caráter, sem distinção de raça, cor ou origem.
Parabéns, Rebeca, por nos mostrar que o impossível é apenas uma questão de perspectiva e que, com dedicação e coragem, podemos alcançar as estrelas. Que sua vitória seja um lembrete do potencial que reside em cada um de nós e uma inspiração para enfrentarmos os desafios que temos pela frente com a mesma determinação e graça.
Fonte: UGT / Ricardo PAtah