Em artigo publicado no sábado (2), no site Poder 360, sociólogo Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Fórum das Centrais, defendeu o direito de greve como ferramenta importante na luta por direitos e valorização dos trabalhadores. Ao traçar um minucioso contexto histórico das mobilizações grevistas, que remetem à sua origem, na França do século 17, o especialista lembra que, nas relações de trabalho, paralisações sempre foram um recurso válido e responsáveis pela evolução nas relações entre patrões e empregados.
Clemente Ganz Lúcio destaca ainda a importância das organizações sindicais, frisando a delicada relação entre produção e paralisação como forma de avançar. “Conquistar direitos para repartir de forma mais justa o resultado econômico do trabalho de todos e a renda nacional é a essência da luta sindical. Melhorar salários, reduzir a jornada de trabalho, garantir saúde, creches, formação, férias e pagamento de horas extras, dentre outros benefícios, faz parte da pauta sindical. Às vezes, é preciso parar. Parar de produzir. Parar de trabalhar. Ir à greve”, conclama.
“A greve é um movimento de oposição e de pressão que busca reposicionar a relação de poder entre as empresas ou organizações empregadoras (públicas ou privadas) e os trabalhadores. Em um sistema de relações desigual, no qual empregadores detêm maior poder econômico e político, a greve é uma maneira eficaz de forçar negociações e acordos em novas bases, ou de exigir que direitos e acordos sejam cumpridos”, cita o sociólogo, analisando o complexo equilíbrio de forças nas relações trabalhistas.
Para o autor, “a greve também é uma forma de exercício da democracia no ambiente de trabalho, dando aos trabalhadores voz ativa na definição de suas condições laborais. Além de garantir direitos econômicos, a greve promove a participação política dos trabalhadores e fortalece a cidadania, contribuindo para uma sociedade mais justa”.
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