
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como o estado de bem-estar que permite ao indivíduo lidar com os momentos estressantes da vida, desenvolver habilidades, ser capaz de aprender, trabalhar e contribuir com a comunidade.
O tema, que vem ganhando mais atenção nos últimos anos, especialmente por conta dos impactos sociais e emocionais da pandemia de COVID-19, foi considerado pelos brasileiros como o principal problema de saúde enfrentado no país.
O relatório global World Mental Health Day 2024 mostrou que o índice de preocupação com a saúde mental triplicou de 2018 para 2024, subindo de 18% para 54%. A pesquisa ainda revelou que o Brasil é o quarto país mais estressado do mundo, com 42% dos entrevistados relatando esse sentimento.
Saúde mental como base do bem-estar
De acordo com Gislane Martins, psicóloga e professora do curso de Psicologia da UniSociesc, a saúde mental é uma parte essencial para a nossa qualidade de vida, interferindo diretamente em como nos sentimos, pensamos, relacionamos e lidamos com os desafios do dia a dia.
“Quando estamos com a saúde mental em equilíbrio, conseguimos aproveitar a vida com mais leveza, fazer planos, manter relações afetivas saudáveis, trabalhar, estudar e realizar nossas atividades com disposição. Mas, quando algo nos abala emocionalmente, como um trauma, uma perda significativa ou até mesmo um período de estresse intenso, essas ações rotineiras podem se tornar muito difíceis”, explica.
Pessoas que vivem com depressão, por exemplo, podem enfrentar grandes obstáculos para realizar tarefas cotidianas, como sair da cama pela manhã. Já quem sofre de transtornos de ansiedade ou pânico pode sentir medo ou angústia ao pensar em situações comuns, como conversar com outras pessoas ou ir a determinados lugares. Esses problemas não costumam aparecer em exames, mas têm um impacto profundo na qualidade de vida.
Fonte: Carta Capital