
A maternidade é uma das experiências mais transformadoras na vida de uma mulher — e essa transformação vai além do emocional. Durante a gestação e no período pós-parto, o corpo passa por intensas adaptações fisiológicas, principalmente no sistema cardiovascular. Segundo o cardiologista Dr. Elzo Mattar, essas mudanças merecem atenção especial para proteger a saúde do coração da mãe.
“A gravidez exige um esforço significativo do coração. O volume de sangue no corpo da mulher aumenta em até 50% para suprir as necessidades do feto e da placenta. Com isso, o coração trabalha mais, o ritmo cardíaco acelera e a pressão arterial pode oscilar”, explica o médico.
Doenças cardíacas em gestantes
As alterações no sistema cardiovascular são consideradas fisiológicas e, na maioria dos casos, ocorrem sem grandes complicações. No entanto, para mulheres com fatores de risco ou condições pré-existentes, como hipertensão, diabetes ou histórico de doenças cardíacas, a gravidez pode representar um desafio.
“Doenças cardíacas são hoje uma das principais causas de morte materna no Brasil e no mundo. Algumas gestantes desenvolvem condições como pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional ou cardiomiopatia periparto — que é uma forma rara, mas grave, de insuficiência cardíaca que pode surgir no final da gestação ou logo após o parto”, alerta o Dr. Elzo Mattar.
Fonte: Carta Capital