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Santa Casa justifica atrasos no atendimento do PS Infantil com aumento da demanda: sobrecarga expõe limites da rede pública


21/05/2025

 

A rede básica, por sua vez, sofre com horários reduzidos, falta de pediatras e filas próprias, o que acaba levando os pais diretamente à Santa Casa mesmo em situações de menor gravidade

O Pronto-Socorro Infantil da Santa Casa de Jahu tem enfrentado aumento expressivo no número de atendimentos, o que tem gerado longos períodos de espera para as famílias que procuram socorro para seus filhos. Segundo dados divulgados pela própria instituição, entre janeiro e abril de 2025, mais de 8 mil crianças foram atendidas via SUS — um salto de 87,74% quando se compara o volume de atendimentos de janeiro com os de abril. Em maio, a média diária chegou a 106 atendimentos, o que significa uma nova criança sendo atendida a cada 9 minutos, entre 6h e 22h. No acumulado do ano, o número já ultrapassa os 10 mil atendimentos.

Apesar da justificativa da Santa Casa de que o tempo de espera está atrelado à alta demanda, a situação escancara a sobrecarga do sistema público e aponta para uma falta de estrutura para lidar com períodos de sazonalidade já esperados, como os meses de maior circulação de vírus respiratórios. Atualmente, os 18 leitos da ala pediátrica estão todos ocupados — 80% com casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), reforçando o esgotamento da capacidade hospitalar.

A instituição reconhece que o fluxo elevado tem pressionado o pronto-socorro e outros setores, como a internação pediátrica. Ainda assim, limita-se a orientar que casos leves — com sintomas como coriza e espirro — sejam direcionados às Unidades Básicas de Saúde (UBS), o que, na prática, não tem sido suficiente para conter a superlotação. A rede básica, por sua vez, sofre com horários reduzidos, falta de pediatras e filas próprias, o que acaba levando os pais diretamente à Santa Casa mesmo em situações de menor gravidade.

Na nota enviada à imprensa, a Santa Casa informa que o cenário vivido em Jaú é semelhante ao registrado em outras cidades brasileiras, como Campo Grande, Florianópolis e Belo Horizonte, onde houve declaração de emergência ou medidas drásticas como suspensão de aulas. No entanto, enquanto outras gestões adotam ações preventivas, como ampliação de equipes médicas temporárias e reforço na vacinação, em Jahu não há notícias de medidas adicionais para aliviar o gargalo do atendimento pediátrico.

O infectologista Dr. Daniel Elias de Oliveira reforça que a triagem no pronto-socorro é feita por gravidade, e não por ordem de chegada, o que muitas vezes revolta pais que esperam horas por um atendimento. “Crianças com sintomas mais sérios serão atendidas primeiro”, esclarece. Ele também destaca a importância da vacinação contra a gripe, disponível gratuitamente nas UBSs, mas que enfrenta resistência da população e baixa cobertura vacinal em muitos municípios.

A Santa Casa afirma que mantém, diariamente, pelo menos dois médicos em regime de plantão exclusivo no setor infantil. Ainda assim, o número parece insuficiente diante do volume atual de atendimentos. A falta de planejamento e de uma resposta estruturada para picos sazonais coloca em xeque a eficiência do sistema e deixa pais e mães em situação de vulnerabilidade, lidando com longas esperas justamente quando seus filhos mais precisam de agilidade.

Enquanto o hospital aponta o dedo para a alta demanda como vilã da situação, a população cobra mais preparo e medidas efetivas do poder público para que o atendimento às crianças não seja deixado à mercê do improviso. FONTE: JAUMAIS.COM.BR

 

 
 
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